
Crime
04/01/2021
Enebriante como a dose esperada, O cálice da amargura desencanta seu eu, No borbulhar da madrugada cinzenta, O corpo inerte na viela ao breu, Ninguém viu... ninguém vê. Os passos emitem sons, ecoando no beco, Era o vigilante sem motivação alguma, Cruza os corpos entre olhares medrosos, O segredo estava logo ali na penumbra, A fumaça do cigarro, a atenção curiosa, Estava ele apenas relaxando no escuro? Mas o tempo parecia contar os segundos, Uma eternidade se estendeu pela noite, E olhares curiosos rastejavam pela viela escura, A procura do perdido, esquecido e ferido, Passeia o olhar curioso, e vai... Outro sentimento aflora, mas vai embora. Esquecendo do elo ali encontrado. Filho da mesma terra, ele encerra, A noite chega ao fim, sem chances De um ato digno se revelar. Ele perdeu a alma... Ela partiu de volta... Seguindo o ciclo normal, Do existir eternamente.